A mulher do comboio

Sunday, December 10, 2006

Os relacionamentos e a crise aérea

Controlar um avião no tumultuado e engarrafado espaço aéreo brasileiro realmente não é tarefa simples. Além das precárias condições nos aparelhos de controle, é necessária muita, muita atenção. E atenção – ou a falta dela – é um dos principais problemas num relacionamento, já que nós, controladores (?) de nossas emoções, também estamos sujeitos às situações imprevistas, que afetam o plano de vôo amoroso originalmente estabelecido.
Quando não há o devido cuidado no monitoramento do avião, ele corre perigo, fica desorientado, não sabendo para onde ir. Assim também ficamos se não sabemos o que queremos numa relação. Isso acarreta dificuldades no tráfego amoroso, causando possibilidades de choque que, a exemplo da fatídica colisão entre os dois aviões, pode ser fatal.
Num relacionamento, devemos estar sempre com o transponder ligado, para identificarmos com precisão o caminho que seguimos, numa comunicação clara e sem ruídos com a nossa “torre de comando”, sem alteração inesperada da rota amorosa. Pois caso haja problemas, iremos sentir dúvidas quanto ao trajeto estabelecido no plano inicial do vôo da paixão; se não for corrigido, teremos que alterá-lo. Ou então corre-se o risco de um dos parceiros fazer um vôo charter, com outra “aeronave”, para chegar até o destino previamente elaborado.
Nossos corações estão na pista, esperando a autorização para a decolagem. Certamente, a viagem num relacionamento é pontilhada por céus de brigadeiro e diversas turbulências, mas devemos arriscar e levantar vôo, pois navegar – e amar – é preciso!

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